Labirinto Constante, 2012 - Alzira Vasconcelos



Depois de Salada Completa já me matriculei na nova turma de "formandos". Eu estava viciada no palco, nas leituras, em dar vida a personagens. Novamente uma turma bem numerosa. A escolha do texto foi até rápida. Era o texto de um rapaz bem jovem do interior de São Paulo, Leandro Vieira, título original: A Estranha Estória de Adelaide.

Achamos o texto um pouco estranho no inicio..., mas as possibilidades de montagem foram se desenhando e com o aval do autor começamos a leitura e a definição dos personagens.

Maquiando com Carlos Nunes.
Alguns atores foram se somando ao elenco até fechar finalmente com alguns atores e atrizes das peças anteriores e alguns que ainda não havia trabalhado.

Foi muito bom reencontro com os velhos companheiros, e a experiência de trabalhar com alguns que eu nunca tinha trabalhado foi bem enriquecedor. Aliás para mim, trabalhar com pessoas "estranhas" é sempre um momento de crescimento, sair do conhecido para o desconhecido, ter que lidar com egos diversos, personalidades fortes, fracas, simpatias e antipatias e mesmo assim desenvolver um trabalho que no final das constas se torna prazeiroso. Foi assim em Labirinto Constante.

O que fazer quando próximo à estreia atores saem do elenco? Caramba! Agora eu vi que é importante memorizar toda a peça e não apenas nossas falas. Se assim não fosse estaríamos em apuros. Mas, Viviane Fraga com toda sua memória e entendimento da peça, substituiu a personagem principal faltando pouco menos de cinco semanas, e Antônia Bandeira entrou para substituir a personagem que era de Vivi.

Quando muda o intérprete, muda também algumas sensações, jeito de fazer as coisas. Senti que Alzira Vasconcelos mudou um pouco com a entrada da nova Leonor. Mesmo assim, este foi um trabalho que no final me deixou com questionamentos se deveria ou não seguir na carreira, quando o diretor falou que eu não cheguei na personagem do jeito que ele queria.

Carambolas! Vou mentir, não: chorei pra caramba. Mas, não me entreguei, e lá estava eu mais uma vez no palco. E ouvir as pessoas gargalhando com a Alzira foi um deleite. Saí de alma lavada e pronta para continuar na parada.

O que aprendi neste trabalho: desapegar da personagem que você idealiza. Adorava a Alzira do jeito que eu criei, e talvez por isto não tenha chegado à personagem que o diretor precisava. Realmente, fiquei refém da personagem e dali não conseguia desenvolver nada diferente. É preciso ouvir o que o outro está pedindo, e procurar até encontrar um novo caminho. No entanto fiquei dando voltas e fazendo a mesma voz, os mesmo gestos. Talvez se tivesse mudando um pouco os sentimentos dela tivesse surgido algo muito maior e melhor.

A personagem funcionou em cena, claro, mas poderia ter sido mais... vai saber!

Enfim, neste trabalho conheci Ederval Miranda, no personagem Glauber. Daí se fortaleceu o contato e nos anos seguintes pude trabalhar com ele em outros trabalhos na Casa do Sapateado Rachel Cavalcanti.


Duas figuras que estão sempre presentes nos nossos trabalhos: Carlos Nunes, com figurino, cenário, maquiagem e pau pra toda obra. E a belíssima dos pínceis, Jana Abdon com suas maquiagens incríveis.




Filipe Amoedo que entrou para substituir Adriano que foi fazer intercâmbio, e Juliana Leonesy, no papel da irmã mais nova da protagonista.



Maria Antonia Bandeira. Sua concentração no camarim me inspira a também ficar com meu personagem desde o primeiro momento.

Alzira Vasconcelos, dando o seu melhor no palco.

Leonor arrasando na cena. Aplausos em cena!!!!


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