Parte de uma das turmas do módulo II. |
Mas, lá estavam colegas do primeiro módulo e por conhecê-los já me deixou mais leve para aproveitar os exercícios que estavam por vir. Vieram alguns alunos oriundos de outra turma e alguns saíram das aulas.
Neste módulo continuamos com os exercícios de voz e corpo do módulo anterior, mas agora tínhamos uma missão: montar cenas com base na improvisação.
Por isto, começamos a entender o querer do outro e o nosso querer, pois aí estaria o conflito necessário para o desenrolar da cena. E como era difícil a escuta. Ouvir o ambiente, ouvir o que o outro fala, ouvir a nós mesmos.
Isto foi muito importante no momento de improvisar e principalmente depois, quando já trabalhava com textos. Na hora que dá um branco durante a apresentação em mim ou no companheiro de cena, se estivermos escutando a peça, as palavras e o ambiente fica mais fácil retomar a cena sem deixar vácuo, ou improvisar se o texto correto não vem.
Considero este um dos módulos mais importantes, pois aprendemos a escutar nossas emoções e usar na hora da cena. Manter a emoção até a hora que ela deve ficar em cena.
Também teve um exercício que achei bem interessante, mas bem complicado para quem é fechado em si mesmo como eu: sentar de frente para o colega e contar com cores vivas e sentindo a emoção do passado algo que lhe marcou a vida. Não lembro bem o que eu contei, mas certamente deve ter sido sobre como foi cuidar de meu pai durante a sua doença. O colega ouvinte tinha que detectar se você está se entregando na emoção e se há verdade no que você está falando e sentindo.
O engraçado é que quando o colega se entregava mesmo ao relato, deixando aflorar a sua emoção, esta mesma emoção se acendia na gente que estava ouvindo. Isto acontece nas cenas verdadeiras quando estamos no palco. É preciso que o companheiro alimente sua emoção para que ela nos toque e a nossa cresça e o toque também. Assim a cena flui de um modo tão natural e bem mais fácil.
Improvisando com Mary Jane |
Como não ouve formação de módulo III no semestre seguinte. Repeti e com muito gosto mais um módulo II. Foi bom. Conheci mais gente boa, algumas caminham comigo pelas coxias e palcos até hoje. Nanny Neves, Claiz, Larissa, Eric Pedra, José Antonio, Fátima, Mary Jane, Mônica, Rita Catarina, Valdeyer, Dhara.
Assim fechei o ano de 2008 e iniciei o de 2009 cada vez mais na certeza de continuar as aulas de teatro. Não sabia se seguiria a carreira. Me achava muito "dura" para
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